terça-feira, 13 de novembro de 2012

Pelo Respeito Às Escolhas!



Para mim, escrever aqui no blog funciona como um tratamento psicológico, sabe? É meu jeito de colocar pra fora o que penso e o que sinto. Organizar essa caixola, perdida no meio do "Furacão Mãe-de-Primeira-Viagem", de uma forma despretensiosa e um tanto desinibida, independente se serei ou não lida.

O dia a dia é corrido, mas, quando sobra um tempinho (principalmente quando recebemos a santa visita da minha mãe!), faço daqui meu hobby, e minha terapia (por que não?).

Outros blogs (já falei sobre eles em algum post anterior) me motivam muito a escrever, e me fazem pensar bastante também.

Aliás, é sobre algo que venho lendo com frequência que gostaria de falar. Debates acalorados sobre parto normal  x humanizado  x em casa x cesárea e amamentação povoam o mundo materno virtual. Mães que se sentem verdadeiras mamíferas contra aquelas que, abertamente, dão um Salve! bem grande ao mundo moderno. E, com isso, as polêmicas não param de surgir.

Quando leio sobre o tema, de cara, me vem à cabeça o grande benefício que estas discussões nos trazem: a informação! Sim! Sei que é bastante óbvio, mas devo reforçar que é através dessas polêmicas que os assuntos são difundidos e despertam a curiosidade nas outras pessoas. Informar é preciso! E se informar é ainda mais importante.

O parto normal e a amamentação exclusiva devem, sim, ser estimulados pelos médicos e campanhas de saúde. Mas, como vivemos em uma democracia, acredito que a vontade de cada mulher deve ser respeitada.
Acho estranho, nos dias de hoje, culparmos médicos por escolhas que cabem somente a nós. Quando nos informamos, somos capazes de optar por qual caminho seguir. Argumentar e contra argumentar. E quando o médico não nos acompanha em nossas decisões, somos também livres para trocá-lo! Aquela que se informa não pode culpar os outros! Ela opta e ponto. Como eu fiz!

Conversei com a minha obstetra, ainda no início da gravidez, e pelas MINHAS RAZÕES, decidi pelo procedimento cirúrgico. Se as razões são pertinentes ou não, não importa a ninguém, não é verdade? Sempre me senti livre e à vontade para expor meus pensamentos e escolher aquilo que eu julgava melhor para mim e para minha filha. Acredito, sim, nos benefícios do parto normal, mas não acredito em traumas causados pela cesárea (como li em alguns blogs!). Acredito muito que as experiências e opiniões são pessoais e intransferíveis.

Palmas àquelas que trazem seus filhos ao mundo da forma mais natural possível! Que sabem muito bem a dor do parto! Mas, acima de tudo, palmas àquelas que amam seus filhos, e se esforçam, segundo atrás de segundo, para darem a eles o melhor de si.

O mesmo acontece com o aleitamento materno. É sabido por todas nós, mães, que para o bebê nada é melhor que o nosso peito (eta natureza sabida essa!). E temos sim de nos esforçar para oferecê-lo aos pequenos. Mas  mesmo a experiência da amamentação não é igual a todas as mulheres. Quantas sofrem com pouco leite, rachaduras etc, enquanto outras sentem seus leites jorrarem ou nem dor sentem?

Manuela e eu fazemos o possível para que o meu leite seja sua principal fonte de alimentação. Porém, após momentos de puro nervosismo, a produção do peito esquerdo caiu absurdamente. Dessa forma, optei por complementá-la. Mas fazemos o possível para que ela volte a todo vapor. E está voltando. Já que vivi dias bem piores, em que, dele, não saía uma gota sequer.

Mais uma vez, a vontade de cada uma deve ser respeitada, pois todas nós que amamos nossos filhos nos esforçamos a todo instante para dá-los o que temos de melhor. Por isso, acima de tudo, viva o debate, viva a informação e viva o direito de escolha!

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