quarta-feira, 27 de março de 2013

Não Teve Jeito...


E não teve jeito: a gripe chegou à Manu.

Confesso que quando a vi de olhar caído e lacrimejante, nariz escorrendo, sem apetite e com uma tosse chata, minha perna bambeou. Primeira doencinha da gordinha para eu cuidar. Medo de não conseguir identificar os sintomas. Medo que ela estivesse sentindo dor. Medo de não dar conta.

Primeira providência: ligar para a pediatra. Eu estava cogitando leva-la à emergência do plano, mas a doutora afirmou não ser necessário. Nebulização, lavagem do nariz com soro e Tylenol bebê em caso de febre resolveriam o problema.

Respirei fundo, vi o quão boba estava sendo e fui providenciar os apetrechos para começar o combate à gripe.

A nebulização, como já era de se imaginar, não foi fácil. Manuela não curtiu aquele ar esquisito saindo em excesso na sua cara. Fugia o quanto podia. Chorava. Resmungava. Mas a segurei firme. Depois, lavei seu narizinho e a coloquei para dormir, com muito, muito, muito denguinho, é claro! Chamego de mãe é o melhor remédio.

Custou um pouco para pegar no sono, pois a tosse não a permitia. Mas nada que com carinho e paciência, ela não tenha vencido.

E acordou bem! Querendo colo, manhosa. Mas não estava mole, nem abatida como de manhã. E o nariz não mais escorreu. Finalmente, mamou, comeu e me mandou muitos beijos. Uma enxurrada. 

Apenas a tosse ainda insiste em aparecer na hora da soneca...

A verdade é que essa gripe a pegou apenas de raspão. Minha gordinha é forte e não caiu. Foi só um sustinho para lembrar que crianças adoecem e que, uma hora ou outra, terei de lidar com essa situação. Não tem jeito.

Continuo com os cuidados recomendados pela pediatra e abusando da dose extra de carinho. Com certeza, já já, ela estará 100%.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Enfim, O Batizado


Enfim, marcamos o batizado da Manuela. Acontecerá no dia 14 de abril.

No início, fui contra batizá-la, mas assumo que após marcarmos a data, meu coração foi tomado por uma emoção enorme e estou esperando, ansiosamente, pela cerimônia. Explico:

Religião para mim é coisa séria. Peraí, melhor!, fé para mim é coisa séria. É íntima. É escolha. É identificação. É necessidade.

Há quem precise para ser feliz. Há quem não.

Veja bem: estou falando em precisar e em felicidade. Não estou falando em obrigação, salvação e muito menos, caráter!

Eu pertenço ao grupo que precisa. Preciso acreditar que há um Deus que me acompanha, me olha, me protege, me abençoa e puxa a minha orelha quando piso na bola.

Preciso acordar todos os dias e me sentir espiritualmente protegida. Preciso acreditar que quando morremos não acabamos. Preciso acreditar que não estamos sós. Nunca. Jamais.

Preciso acreditar na efemeridade da vida terrena. Preciso acreditar no homem, mas, sobretudo, no espírito. No bem. No amor. Numa força maior. Na inexistência de coincidências.

Na minha vida, isso faz toda a diferença.

Mas, de novo, na minha vida! É uma escolha minha! E, por mais que tenha sido criada dentro de um lar Cristão, nunca fui forçada a seguir esta ou aquela religião. Ou qualquer religião. Sempre fui livre para seguir meu coração.

E por isso, lido com o assunto com muita cautela e respeito.

Nas religiões, há dois grandes motivos para batizar alguém: tirar-lhe o pecado ou a assunção de uma religião. Tanto que muitas não permitem a cerimônia em crianças, uma vez que não estão, espontaneamente, abraçando a crença.

Não acredito no primeiro motivo. Não mesmo. E não me acho habilitada para escolher a religião da minha filha. Esta decisão cabe somente a ela.

Claro que a fé que professo, de uma forma ou de outra, interfere no modo que a educo. Ela está presente, acima de tudo, nos meus atos. Não há como separar uma coisa da outra. Minha fé mora em mim e faz parte de quem sou. O tempo todo.

Mas não posso, em hipótese alguma, obriga-la a segui-la. Ela pode escolher acreditar em algo completamente diferente. Ou em nada!

Mais do que ensiná-la a seguir a minha crença, preciso ensiná-la o amor, o respeito às diferenças, a solidariedade, a educação, a caridade, o perdão, a alegria. Ela aprendendo isso, para mim, já será sucesso! Agnóstica, ateia, católica, espírita, evangélica, budista, protestante...que diferença fará??? Praticando o amor e a caridade, já me encherá de orgulho!

Porém, o marido quer batizá-la. E eu não acho justo privá-lo disso. Se ele quer, faremos. E, pro isso, resolvi encarar toda esta ritualística de uma forma diferente. Do meu jeito. Da forma que agrada mais meu coração.

Estarei ali, em oração, colocando nas mãos Dele, meu bem mais precioso. Agradecerei pela vida e pedirei proteção, demonstrando toda a gratidão por ter a minha filha comigo, saudável e feliz.

Reforçarei meu compromisso em fazer dela uma pessoa digna, bacana, que nos encherá de orgulho. Meu compromisso de ser uma boa mãe, de ensiná-la coisas boas e de tentar ser, a cada dia, alguém melhor.

Aproveitarei a oportunidade para pedir bênçãos e força. Para que Ele nunc a nos abandone. E, principalmente, para que cuide da minha princesa. Que pegue nas mãos dela e não a deixe soltar. Que esteja sempre presente nas horas difíceis, amenizando a sua dor. Que ilumine seus passos, irradiando amor e sabedoria.

Dia 14 de abril, acima de tudo, expressarei publicamente quão grata eu sou por Ele ter me proporcionado a maior das alegrias: ser mãe da Manuela.

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Os padrinhos não poderiam ser outros: minha irmã e meu cunhado. No sentido literal da função, não existe alguém que em nossa ausência amaria tanto a minha gordinha, do jeito que ela merece.
Tenho certeza de que nossa escolha foi acertada!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Xô, gripe!





Semana sem post por conta da gripe que invadiu a minha casa. Tosses e espirros por toda parte. Primeiro, marido. Agora, eu.

Além da prostração habitual, o sintoma mais grave desta vez é a preocupação em não deixar que a gordinha também pegue a doença. Tarefa que não é nada fácil, uma vez que durante o dia somos só nós duas e não há como evitar o contato.

Por isso, assim que acorda, troco a fralda, dou leite com Protovit e, antes do banho, não esqueço o Redoxon. Já não esquecia antes (já os meus remédios...esqueço todos!), mas costumava dar mais tarde.

Durante o dia, abuso dos alimentos com vitamina C. Suco de laranja, manga, banana...Na papinha do almoço, caldinho de feijão, músculo, abóbora, inhame e bertalha. Tudo para ficar bem forte.

Eu estou tentando beber bastante líquido e lavar as mãos a todo instante. Quem sabe não ajuda?

Ontem, pelo menos - e mais uma vez -, tive o socorro da minha mãe, que passou o dia conosco. Fiz as comidas, enquanto vovó babava - e bagunçava - a neta. Ainda bem.

Mês que vem, acho que terá campanha de vacinação contra a gripe, e lá estaremos nós na fila (com dor no coração, é verdade!), esperando a mordidinha da agulha. Se não tiver, iremos de novo à clínica particular. Mas, se é para o bem dela, ok!

Esta semana também fui à Feira de Gestantes aqui no Rio. Serviu, once again, para eu deixar meu dinheiro na lojinha de laços. A coleção está grande, e a grana curta! Mas ela fica tão tão tão linda. Como resistir?

Enfim...lá havia várias pessoas usando máscaras Imagino que estivessem gripadas também.

Agora é sossegar o faixo, curtir o final de semana com moderação e esperar a gripe passar!

Xô, gripe!


sexta-feira, 15 de março de 2013

Manhêêêê! Porque eu também sou filha...



Eu, graças a Deus, não tenho do que reclamar. Manuela é super agitada, ligada no 220V mesmo, mas à noite, dorme que é uma beleza. Ô bebê bom de cama!

Durante o dia, tarefas ficam, invariavelmente, pendentes. Porém, minha princesa está sempre linda, limpa, cheirosa, bem alimentada e com as devidas vitaminas tomadas. O meu banho pode não acontecer, mas o dela é sagrado. E, raramente, é um banho só. Normalmente são dois. Ou três. Ou mais - depende da quantidade de cocô do dia!

Agora a baixinha come fruta duas vezes ao dia, almoça e janta. E eu...bem, eu tomo café com leite de manhã – graças ao maridón que, religiosamente e delicadamente não me deixa faltar -, e, com certeza, lancho à noite – mais um ponto para o maridón, que também é responsável por isso. O almoço varia. Às vezes dá, às vezes não. Às vezes é comida, às vezes, pão. Às vezes, biscoito. Às vezes – muitas vezes -, nada.

Mas, acreditem, ainda assim, me sinto muito feliz.

E isso não é porque faço o jogo do contente, como a Pollyanna. Nem por me sentir a mulher maravilha. Longe disso (e bota longe disso!).

A felicidade está sempre aqui porque, além de ser maravilhoso estar na companhia da minha baixinha, eu sei que quando o calo aperta bastam poucas frases para eu ter a ajuda da qual preciso. Primeiro, grito o marido. Depois, quando a coisa está muito feia, como boa filha que sou, grito MANHÊÊÊÊ! Peço socorro mesmo. E ela, gentilmente, dá um jeito e me salva. Não permitindo, jamais, que o caldo entorne.

Essa semana foi assim. Manuela andou não dormindo absolutamente nada durante o dia, fazendo com que não sobrasse um minutinho sequer para mim ou para a casa. Em um determinado momento, eu estava zerada, esgotada e sem bateria. Por isso, mãezinha amada veio passar uma noite aqui em casa.

Ficamos 24 horas juntas. Ela me ajudando muito. À noite, Manuela dormiu com a avó. E eu, com Morfeu. Apaguei legal. Dopei. Babei. Sono tão pesado que não ouvi o despertador tocar – ainda bem que não era eu quem precisava levantar!

Porém, de alguma forma, eu ainda estava ligada. Minha mãe disse que fui algumas vezes ao quarto da Manu para ver se estava tudo bem - Oi??? Agora resolvi ser sonâmbula??? Como assim?
Ok! Não importa! O importante é que dormi. Relaxei. Recarreguei as baterias.

Como seria bom se todas tivessem alguém a quem recorrer, como eu. É tão importante para que possamos seguir tranquilas, fortalecidas. Todas nós sentimos cansaço vez ou outra. Mas quando não temos como desopilar, o sentimento sufoca, desespera. Quantas não desenvolvem uma depressão pós parto também por este fator?

É preciso que reconheçamos o nosso cansaço e que, despidas de orgulho, assumamos que ele está nos vencendo. É legítimo. Digno. Humano. Faz bem para todos.

Eu amei ter minha mãe aqui. A companhia é sempre agradabilíssima, e a ajuda, preciosa. Manu também amou. E até chorou quando a vovó voltou para casa.

O bom é que nós duas sabemos que quando o calo aperta ou a saudade dói, basta um gritinho para que ela dê um jeito em seus plantões e corra para nos colocar no colo...

sexta-feira, 8 de março de 2013

Fim do Primeiro Round


Imagem retirada do site
 http://www.not1.xpg.com.br/vacinacao-contra-sarampo-em-sao-paulo-imunizacao-e-saude-campanhas/

Se tem algo realmente desagradável neste primeiro semestre de vida dos bebês, esse algo se chama VACINA. Assusta o neném, ele costuma ficar chatinho, tem sempre a desagradável sombra de uma possível reação e, para piorar, tem o coração da mãe, que dói, dói, dói, dói...

Mas, ainda bem, dia 16 terminaremos este primeiro e massacrante ciclo. E eu já posso respirar aliviada por não precisar, mensalmente, encaminhá-la à tortura e, principalmente, por saber que ela está imunizada contra muitas doenças importantes. Isto compensa todas as dores de barriga que tive nos dias de vacina! 

Como é bacana, apesar de chato, ver o quanto a medicina evoluiu nos últimos anos e poder tê-la como aliada no crescimento saudável de nossos filhos. É menos uma preocupação saber que doenças que matavam e prejudicavam tanto no passado, hoje, com apenas uma picadinha, são mantidas longe da gente.

Nestes seis meses da Manu, praticamente todas as vacinas foram dadas no posto de saúde. A única exceção foi a Pneumocócica que, por indicação da pediatra, aplicamos em clínica particular. Segundo ela, a vacina encontrada na rede pública de saúde previne apenas contra 10 tipos de bactérias tipo pneumococo, enquanto a encontrada nas clínicas particulares já abrange 13 tipos.

Todas as outras foram aplicadas nos postos de saúde mesmo. E sem grandes transtornos...

Apenas um. Ou dois. Enfim...O suficiente para que eu tenha horror a qualquer agulha furando a coxinha grossa da Manu. A responsável pela barbárie foi a danada da Pentavalente + Polio, que na primeira dose, por conta da má aplicação, causou uma baita inflamação na perninha (a bichinha sofreu, gente!) dela, e na segunda, uma febre chatinha perturbou nosso juízo durante 5 dias. Não curti.

Mas, conversando com outras mães e passeando pela blogosfera, percebi que esta é a mais chata das vacinas. A que tem maior probabilidade de desencadear alguma reação. Por isso, muitas optam por levar seus filhos a clínicas particulares, que fornecem vacinas acelulares.

Para quem não conhece, as vacinas da rede pública são produzidas a partir da célula inteira da bactéria causadora da doença, enquanto as da rede privada contêm apenas fragmentos dessa célula e por isso causam menos reações adversas.

É isso! Depois do dia 16, só quando a gordinha fizer 1 aninho! Hasta la vista, Vacina!

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Preciso contar que a gordinha aprendeu a mandar beijo! Morri com tanta fofura! Ela fecha a boquinha, faz um esforço danado e depois estala os lábios. A cada beijo, agarro e aperto muito a minha delicinha beijoqueira!

sexta-feira, 1 de março de 2013

E já passaram 6 meses...

Minha princesa!



Quem é mãe sabe que Maternidade e Maternagem são coisas bem distintas. Tão distintas quanto parir e ser mãe.

Maternidade é o físico. O literal. O biológico. O objetivo. O laço sanguíneo.

Maternagem é alma. É sentimento. É subjetivo. É afeto. É a ligação proveniente do amor.

Quem engravida – voluntariamente, ou não –  vive a maternidade, mas, nem sempre, exerce a maternagem.

E eu tenho orgulho de dizer que amanhã completo 6 meses de pura maternagem. De entrega. De doação. De amor maior.

Depois de todo turbilhão emocional, agora com os ânimos e hormônios mais calmos, me sinto, finalmente, plena. Capaz. Leoa. Me sinto MÃE. A MÃE DA MANUELA. A que cuida. Que conduz. 

Que batalha. Que, para acertar, se informa antes de agir. Que ama e se entrega sem limites.

São 6 meses sorrindo a cada troca de fralda, a cada farra no banho, a cada sorriso na madrugada, a cada grande conquista alcançada. São 6 meses sentindo o melhor cansaço que alguém pode sentir. Com as dores na coluna mais gratificantes que alguém pode ter. Com as olheiras mais lindas que alguém pode ostentar. E com um orgulho que só faz crescer e que já ultrapassou os estreitos limites do meu corpo há muito tempo.

Cada sorriso da baixinha me inunda de alegria. Ver que é uma menina linda, saudável e feliz não tem preço. É o grande prêmio por cuidá-la com tamanha dedicação.

Minha baixinha é, sobretudo, meu maior presente e – tenho certeza! – a razão pela qual estou nesse mundão. Seus ensinamentos são valiosos e me fazem progredir diariamente. É um privilégio tê-la em minha vida e poder ser mãe em tempo integral.

Para chegar até aqui e, principalmente, para poder continuar caminhando, agradeço ao meu super marido, aos meus amados pais e a minha linda irmã pela base firme que me sustenta e me permite ensinar coisas boas à gordinha e ser, de fato e de direito, mãe!

Obrigada, Manu, por existir. Obrigada pelos seus olhos expressivos e sorrisos de alegria. Obrigada pelos beijos babados. Pelos carinhos no rosto. Pelas perninhas que não param. Pelos banhos cheios de bagunça. Pelas sujeiras na hora da papinha. Pelos cílios compridos. Pelas coxas grossas. Pelos bicos mais charmosos. Pelo soninho tranquilo. Pelas gracinhas no espelho. Pelo desejo por atividade. Pela pressa. Por ser cheia de vontade. Pela sua personalidade. Por dormir no meu colo. Por acordar sorrindo.

Obrigada, filha, por me fazer tão feliz!