Quando ouço algumas pessoas reclamarem da maternidade,
sinto-me como a Pollyana, fazendo o jogo do contente. Mesmo nas horas mais
difíceis, não perco a paciência nem o bom humor.
Como já falei por aqui, a incansável ajuda da família é a grande
responsável por manter meu astral lá em cima.
Mas não é só isso. Tenho um trunfo, uma carta na manga: um anjo da guarda, que
vem à minha casa duas vezes por semana e alivia absurdamente minhas dificuldades.
A Elisângela chegou quando a Manu tinha uma semana. Depois
de muito procurar, encontrei alguém que se encaixava perfeitamente ao nosso
funcionamento e que, apesar de não ser sua obrigação, tem um talento incrível com crianças!
Hoje, ela me ajuda a manter a casa arrumada e a roupa passada. Mas isso,
honestamente, é uma parcela muito pequena se comparada ao tanto que ela faz por
nós.
Elisângela é também minha amiga e confidente, além de quebrar
todos os meus galhos. Nada mais valioso que ficar com a Manu enquanto eu tomo
AQUELE banho, sossegada.
No início, Manuela a estranhava um pouco. Hoje, adora a tia
do coração. Fico despreocupada quando elas estão juntas, e feliz ao ver a
reciprocidade do carinho.
Nesta terça, em razão das confusões espalhadas pelo país,
ela não conseguiu vir. E minha casa já virou de ponta à cabeça! Porque Murphy existe e resolveu dar uma passadinha por aqui e tumultuar o que já estava tumultuado!
Para piorar, confesso que sou uma péssima dona de casa! Tomar conta
da princesa e fazer, caprichosamente, os afazeres domésticos, definitivamente,
é missão impossível para mim!
Por outro lado, por tê-la, acima de tudo, como amiga, torço
para que arrume coisas melhores. Ela, além de não ter medo de trabalho, é
dedicada e cursa sua segunda faculdade! Sentiremos sua falta quando nos deixar,
mas torcemos para que seja breve!
No entanto, antes disso, quero que sexta chegue logo para eu ter
meu anjo da guarda aqui de novo para me ajudar a botar tudo em ordem!