terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O exame, a virose e o desespero

Já era para eu ter passado por aqui há mais tempo, mas as coisas andam bem fora de ordem na minha humilde residência.

Marido saiu do antigo emprego e agora trabalha de casa e Manuzita pegou outra virose que durou a eternidade de uma semana.

Então vamos lá colocar o papo em dia.

Terça-feira passada ela, enfim, fez seu exame de sangue. Eu estava absurdamente tensa e mau-humorada, dando choque em qualquer um que me desse bom dia. Definitivamente, eu não queria que ela tivesse de passar por aquilo.

Mas, como mãe sofre muito mais que os filhos, até que ela se comportou muito bem e até olhou o sangue subir ao tubo de ensaio. Chorou. Reclamou. No entanto, foi bem longe de ser aquele escândalo surreal pelo qual eu estava aguardando.

Para ela, foi muito pior colocar o saquinho coletor de urina que ser furada por uma agulhinha. O saquinho maldito teve de ser trocado três vezes, porque a moçoila resolveu prender todo seu xixi - muito comum nesses casos. Quando não teve mais jeito e ela enfim fez, vazou tudo - TUDINHO - para a fralda. Não foi possível aproveitar nadica de nada. 

Depois de três horas e meia no laboratório, fomos embora sem o exame realizado. Mas no meio da semana fizemos tudo que faltava.

Quando o resultado saiu, a alegria foi imensa. Manuela não tem nada! Estavam apenas algumas taxas um pouquinho alteradas, anunciando a virose que estava por vir.

Confesso que apesar de clinicamente ela não dar qualquer indício, eu esperava uma possível anemia no resultado. Mas, ainda bem, isso não aconteceu!

Também foi descartada infecção urinária e qualquer outro tipo de problema.

E agora pergunto eu: POR QUE RAIOS ESTA CRIANÇA NÃO COME?

Dente?

Implicância?

Terrible two precoce e vitalício?

Preguiça?

Sério!Eu não sei mais o que pensar e o desespero só aumenta. Se por um lado estou tranquila por saber que a sua saúde vai bem, por outro, procuro alternativas pra reverte este quadro.

Como 2+2=4, certeza que ela já perdeu mais peso desde a última consulta.

Eu rebolo, rebolo e só consigo - quando consigo - míseras 5 colheradas de comida. Até fruta ela tem rejeitado.

Eu sei que ela está saindo de uma virose. Mas isso justifica, em parte, ESTA greve de fome. E as tantas e tantas e tantas outras?

Eu não sei onde isso vai parar. E se for fase, JESUS, QUANDO ELA PASSA????

Vamos ver se com o fim desta virose vem alguma melhora, mesmo que discreta, na alimentação da minha filha!

Agora dá cá um abraço porque eu estou precisando!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A saga do (pouco) peso


Na última postagem, falei sobre como eu andava exausta por conta da gripe da Manu e das infinitas noites sem dormir.

Pois bem.

Resfriado foi embora e minhas noites deram uma leve melhorada. Tenho dormido melhor, apesar de não conseguir deixá-la o tempo todo no seu berço. No meio da noite, pede colo e vem dormir no meio de nós dois, abraçada em mim.

No entanto, o sono já é mais tranquilo e não há desespero caso se vire para o outro lado. Deste jeito, consigo emendar algumas horinhas de sono tranquilo. O suficiente para me tirar do nível "tô morrendo" e me colocar no "tô cansada pra caramba". É ou não é um upgrade?

Isto posto, agora que começa meu dramalhão mexicano.

Ontem foi dia de pediatra. Sim! Dia de PE-DI-A-TRA! Dia de pô-la na balança. De prova dos nove. De chororô - dela e meu!

Mais uma vez, Manuela perdeu peso. DE NOVO! 50 gramas a menos que elevaram absurdamente o meu nível de desespero.

A médica, muito tranquila e segura de si, tentou mais uma vez me tranquilizar, dizendo que Manu não tinha qualquer traço de criança "doente". No entanto, para se assegurar disso, ela decidiu prescrever exames de fezes, urina e de sangue para descartar qualquer problema.

Ela já tinha me avisado que assim procederia caso, mais uma vez, Manu apresentasse problema com o peso. Eu já estava preparada. E mesmo sentindo arrepios só de pensar em vê-la sofrer - mesmo que por trinta míseros segundos - eu estou tranquila com o exame em si.

O que realmente me dói fundo é acreditar que de alguma forma eu sou a responsável por isso. Não consegui identificar em que, mas eu sei que a culpa é minha! Eu sou sua mãe, sua cuidadora, sua responsável. Eu sou adulta, oras! E como uma mulher de 28 anos não consegue fazer um bebê comer?

Como eu não consigo fazer minha filha abrir a boca? Ou evitar que cuspa tudo aquilo que ingeriu?

Como? Como?

A greve de fome está pesada e está muito difícil de fazê-la comer. Já adotei todas as táticas possíveis e nada dá certo.

Paciência?? Não sei nem dizer se eu tenho ou não. Eu tenho medo! ME-DO! Medo que dê algo de errado no exame, medo de reconhecer a minha incapacidade, medo de estar fazendo mal a minha baixinha que só sabe me fazer bem.

Não está fácil.

Hoje, tomada pelo desespero, coloquei-a de castigo. Quando, veementemente, se recusou a comer, com calma, levei-a para o chiqueirinho e conversei com ela. Disse que ela precisava comer para ficar forte e, por isso, a deixaria ali pensando.

Segundos depois, com o coração na mão, voltei. Perguntei se ela ia comer e ela disse que sim.

Ok! Eu sabia que não surtiria efeito. Eu sabia que aquilo não faria com que comesse. Mas me entendam, eu já não sei mais o que faço. Quis, de alguma forma, mostrar a ela que aquela atitude de não comer era errada e que traria consequências.

Não comeu e pouco depois dormiu.

Algumas pessoas me dizem que é fase. Mas ela apresenta isso desde os sete meses. Deixou de ser fase e passou a ser regra.

Falamos, na consulta, sobre os estimulantes de apetite. Ela condenou na hora e disse que eles a deixariam boba e gorda e que este não é, nem de longe, o objetivo.

Segunda-feira faremos as coletas. De dedos cruzados para que seja o mais tranquilo possível e para que descubramos que ela não tem absolutamente nada. Que é só uma magrela sem vergonha!

Torçam por nós!

Ah...e umas fotinhos pra verem como a genética também está envolvida nisso:

Eu:




MANU:



quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Assustadoramente cansada

Odeio ter de admitir: estou exausta!

Exausta mesmo! Como se um trator tivesse passado sobre mim. Estou com o corpo pedindo arrego. Pedindo cama. Pedindo sono. Pedindo pra acordar meio dia.

Dificilmente alguém me vê reclamando de qualquer coisa relacionada à Manu. Não faço isso e chego, na maioria das vezes, a me orgulhar da maternidade intensa que vivo. Amor, bom humor e paciência estão sempre sobrando por aqui e só ameaçam a desaparecer quando a baixinha embarca naquelas famosas greves de fome.

Acontece que uma onda pesada resolveu passar por aqui e está roubando grande parte da minha energia. Estou sem fôlego!

Acho que já comentei por aqui um dos efeitos colaterais da creche: Manu não dorme mais uma noite inteira em sua cama. Para piorar, ela precisa dormir absolutamente agarrada em mim. Se pudesse, acho que entraria no meu corpo para garantir que eu não saísse do lugar.

Lindo, né? Também acho! Sentir seu cheiro e sua respiração é a melhor sensação do mundo. Mas esse agarramento todo só é bom na primeira meia hora. Logo depois, coluna dói, pescoço dói, braço dói...etc etc etc

Eu não posso me mexer! Se eu ouso a chegar um centímetro para o lado, de olhinhos fechados, ela chora, levanta os bracinhos e diz: "té a mamãe, té a mamãe".

Além disso, ela está com uma crechite chata! Pegou um resfriado que está bagunçando ainda mais o coreto. Como não atender a um pedido desses da minha princesa que ainda se ajusta à nova rotina, está doentinha e chamando por mim? Impossível!

Que se dane o meu sono! Que se danem minhas costas, meus braços, minhas pernas! Ela é a prioridade.

E essas noites mal dormidas já ultrapassam duas semanas. Aliás, já perdi a conta! Provavelmente já estamos chegando a um mês neste ritmo. Eu simplesmente não sei mais o que é dormir.

Ah! E, claro! Rotina nova e virose = GREVE DE FOME!

Óbvio! Não seria minha filha se não mostrasse seu desconforto parando de comer.

Com dor no coração, levo-a todos os dias à escola. Lá, ela fica bem e ainda come meio prato grande de comida. Porque aqui em casa, é manha para todo lado. Só aceita mamadeira e fruta.

Marido está em casa comigo e tem me ajudado bastante. Principalmente com os afazeres domésticos. Mas tantas noites sem dormir é de acabar com qualquer um. Imaginem agora que o resfriado dela resolveu passar pra mim? Tá ruim pro meu lado, minha gente!

Já tentei dormir algumas horinhas no meio do dia, mas a cabeça - às vezes, minha pior inimiga - resolve não desligar e não me permite embarcar num sono gostoso.

Fato é que estou morta! Paciente, mas morta! E torcendo para encontrar uma luz no fim do túnel e sair desta situação. Estou achando que esse dengo vai permanecer por um bom tempo, mesmo quando o resfriado passar e a creche não for mais uma novidade em sua vida.