quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Desfraldada!



Xente, tem uma mocinha linda e desfraldada nesta casa! #todascomemora!!!

Uhuuulll!

Sem grandes estresses, sem grandes problemas e sem seguir todas aquelas regras com as quais nos preocupamos desde a gravidez. Foi rápido, simples e indolor!

Então, senta que lá vem a história...

Manuzita, há poucos meses, ensaiou umas idas ao troninho. Nada muito sério, mas que acendeu o sinal de alerta na mãe aqui. Como, dias depois, o amor pelo dito cujo acabou, abortei a ideia e preferi deixar para começar todo o processo no início do ano.

Porém, por mais que eu queira tabelar nossa vida no excel, crianças são imprevisíveis e, de uma hora para outra, tudo mudou.

Depois de uma festinha infantil, Manu apareceu com manchas pelo corpo, que ficavam mais fortes próximo à fralda. Acreditando se tratar de uma alergia, a pediatra pediu que a deixássemos o maior tempo possível de calcinha.

Na hora, meu coração partiu. Fiquei tensa e preocupada, sem saber se ela estava realmente pronta pra isso. Mas, sem opção, respirei fundo e fui. Num primeiro momento, não sabia ao certo onde isso ia dar. Se seria, ou não, um desfralde oficial. Deixei, mais uma vez, meu coração me guiar.

E assim foi: dia 21/11, conversei com ela e expliquei que, por conta do vermelhinho no corpo, ela ia tentar fazer xixi no penico. Que, caso escapulisse, eu não brigaria e que ela ficasse tranquila, que tudo ia dar certo.

Pouco depois, Manu estava bem irritada. Resmungava por tudo, só queria colo e, sem segurar, fez seu primeiro xixi no chão.

Já esperando por aquilo, beijei, abracei e tratei de limpar tudo: chão e criança!

Como ela estava nervosa, coloquei-a para dormir. No meio do soninho, veio o auge do estresse: minha filha acordou chorando muito, pedindo a fralda. Não queria fazer no penico de jeito nenhum. Chorou, se descabelou, deitou no chão e até soltou, à la Fernanda Montenegro, um "me salva, mamãe, por favor".

Não houve psicologia infantil que a convencesse sentar no troninho. Mas houve muito muito muito amor para ajudar minha princesa a passar por aquele momento difícil.

Então, perguntei se ela queria colocar a calcinha de volta. Ela disse que sim. Abraçada em mim, pediu para ir pra minha cama. Mesmo sabendo o que ia acontecer ali, coloquei.

Sentou no meu lençol limpinho e fez todo o - muito - xixi ali. Com um sorriso envergonhado, me pediu desculpas.

Beijei muito minha baixinha. Disse que não tinha que pedir desculpas de nada e que eu tinha certeza que, na hora certa, ela ia usar seu troninho. Lembrei-a de que estou sempre ao seu lado e que toda essa fase difícil ia passar.

Meu povo, eu fiquei com o coração despedaçado. Sabemos o quão delicado é o desfralde, imagina compulsório! Visualizem uma mãe arrasada: era eu!

Logo, eu estava determinada a fazê-la vencer. Coloquei o penico na sala e fomos até lá. Peguei um álbum de fotos e disse que ele só poderia ser visto com ela sentada no peniquinho. Ela ficou ressabiada, mas foi.

Pouquinho depois, tocava a musiquinha do xixi (sim! o penico dela toca uma musiquinha toda vez que é usado com sucesso).

Comemoramos, nos abraçamos, dançamos! Celebramos muito aquele momento que, convenhamos, só quem é mãe (e pai) entendem. Nunca, na vida, imaginei ficar tão feliz por conta de um simples xixi.

E foi impressionante como ela relaxou depois daquilo. Toda a irritação foi embora e ela ficou muito orgulhosa de ter conseguido.

Naquele dia, dali em diante, não houve qualquer vazamento.

Na hora de dormir, optamos por fralda de pano. Meu bem, vem cá, o que é a fralda de pano? Tem que ter mestrado em origami pra dobrar aquilo seguindo as instruções da caixa. Marido e eu quebramos a cabeça e, ainda assim, não encontramos o jeito certo. Orgulho das gerações antigas!

Já dormi pedindo PELAMORDEDEUS, rezando mil Ave-Marias, para que não molhasse tudo à noite. O problema não era o xixi. O problema não era limpar. Mas imagina ter de tirar e dobrar tudo de novo? Se acordada foi impossível, imagina com sono. Quantas vezes eu teria que fazer aquilo?

Mas oração de mãe não falha, povo! E Manu amanheceu sequíssima. A moçoila acordou e foi logo fazer seu xixi matinal com o pai. Igual gente grande!!!

E assim foi! Neste dia ainda houve uns escapes. Mas, todas as vezes que perguntávamos, ela aceitava ir. Só vazou quando, por algum motivo, ficamos mais tempo sem perguntar.

Nesta noite, corri o risco, e coloquei a calcinha. Marido achou que eu pirei, que ela ia fazer várias vezes a noite e que não daria certo. Mas eu resolvi assumir o risco. Não queria colocar a fralda descartável e vê-la ainda mais vermelha. Sem contar que detestei a fralda de pano (que me desculpem as ambientalistas!) e me causava pânico ter que passar a noite fazendo dobradura. Acreditei na minha filha, na minha paciência, e paguei pra ver.

Antes de dormir e durante a madrugada, levei-a ao penico.Pimba: mais um dia de calcinha limpa.

Depois disso, gente, dá pra contar em uma mão quantos escapes aconteceram. E, na segunda-feira seguinte, já foram todos os xixis E cocôs no lugar certo.

Vale dizer que ela segurou o cocô por dois dias. Não pressionei e, quando não deu mais pra segurar, ela aceitou fazer direitinho. Sentei no chão com ela, e segurei suas mãos. Conversa vai, conversa vem e pronto! Problema resolvido!

Na terça-feira, ela tinha consulta com uma alergista. Seria a primeira vez que ela sairia de casa sem fralda.

No consultório, descobrimos que não era alergia, gente!, era virose ! Mas estávamos no quinto dia de sucesso e não havia motivo pra retroceder.

Passamos o dia no shopping. Eu, ela e minha mãe. Encontrei uma tábua de vaso portátil e resolvi todos os nossos problemas com banheiros públicos.

Para mim, ali foi decretado o desfralde oficial! Já estava há mais de 48 horas sem deixar nada escapar e aceitou, com tranquilidade, fazer xixi na rua.

Na quarta-feira, ela voltou à escola com um kit para eventuais surpresas. De novo, não deu qualquer trabalho...

Sendo assim, contrariando algumas regras dos desfralde, eu tenho uma filha de calcinha! De dia AND de noite! De uma vez só!!!

Para ser bem sincera, eu acho que alguns fatores contribuíram para um desfralde rápido e tranquilo.

Em primeiro lugar: Manu! Ela foi a grande responsável pelo sucesso. Acredito que ela estava 100% pronta pra esse processo e me ajudou muito mais do que foi ajudada.

Depois, acredito que ter ficado muitos dias seguidos dentro de casa favoreceu. Ela começou na sexta de manhã e só pôs os pés na rua na terça-feira. Foi um intensivão comigo e, no final de semana, também com o pai. Acredito que tenha feito ela criar confiança mais rápido.

E, por último, a minha calma. Independente do que acontecesse, eu estava disposta a ajudá-la. Compreendi suas dificuldades e passei segurança e tranquilidade pra ela. 

Minha baixinha deu mais um passo nesta vida! Cresceu mais um pouco e, de novo, me fez transbordar de alegria.



3 comentários:

  1. Ela sempre nos surpreende. Temos muito orgulho dessa nossa grande pequena e da super mãe que ela tem. Parabéns pras duas.

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  2. Super mãe tenho eu, mãezinha! Estou apenas tentando seguir os passos da melhor de todas. Tô tentando! Mas um dia eu chego lá!

    Te amo!

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  3. É um alivio né?!? Uma mocinha a Manu!!! Parabéns!!!!
    Bjo e obrigada pela visita.

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